7 de jan. de 2011

ANJOS, UMA VERDADE DE FÉ


Arquivado em: Anjos — Prof. Felipe Aquino at 2:54 pm on segunda-feira, setembro 29, 2008

ANJOS,  UMA  VERDADE DE FÉ 
A Igreja celebra em 29 de setembro a festa litúrgica dos Santos Arcanjos: Miguel (Quem como Deus!), Gabriel (Força de Deus) e Rafael (Cura de Deus).O Catecismo da Igreja afirma sem hesitação a existência dos anjos: “A existência dos seres espirituais, não-corporais, que a Sagrada Escritura chama habitualmente de anjos, é uma verdade de fé. O testemunho da Escritura a respeito é tão claro quanto a unanimidade da Tradição” (§ 328). 
O Catecismo lembra que “Cristo é o centro do mundo angélico” (§ 331). Eles pertencem a Cristo, porque são criados por Ele e para Ele, como disse São Paulo: “Pois foi Nele que foram criadas todas as coisas, nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis: Tronos, Dominações, Principados, Potestades, tudo foi criado por Ele e para Ele” (Cl 1, 16). Os anjos também são de Cristo porque Ele os fez mensageiros do seu projeto de salvação da humanidade. “Ainda aqui na terra, a vida cristã participa, na fé da sociedade bem-aventurada dos anjos e dos homens, unidos em Deus.” (§ 336) 
Portanto, não há como negar a existência dos anjos, sem bater de frente com o ensinamento da Igreja, em toda a sua existência. São Paulo ensinava em sua primeira Carta aos fiéis de Colossos: “Nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as criaturas visíveis e invisíveis, Tronos, Dominações (ou Sobera­nias), Principados, Potestades (ou Autoridades): tudo foi criado por Ele e para Ele” (Cl 1, 16). 
O primeiro Concílio Ecumênico que confirmou a existência dos seres espirituais foi o de Nicéia, em 325, quando fala no Decreto (DS 54), em “coisas invisíveis”: “Creio em um só Deus, Pai Todo Poderoso, Criador do Céu e da Terra, e de todas as coisas visíveis e invisíveis”. 
Essa verdade foi reafirmada no Concílio de Constantinopla I, em 381. Também o Concílio regional de Toledo, em 400, reafirmou a mesma verdade, dizendo: “Deus é o Criador de todos os seres visíveis; fora d’Ele não existe natureza divina de Anjo, de potência que possa ser considerada como Deus.” O Magistério da Igreja confirmou a realidade dos anjos sobretudo no Concílio de Latrão IV (1215), ao declarar contra o dualismo dos hereges cátaros: “Deus é o Criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis, espirituais e corporais; por sua onipotência no início do tempo criou igualmente do nada as criaturas espirituais e corporais, isto é, o mundo dos anjos e o mundo terrestre; em seguida criou o homem, que de certo modo compreende umas e outras, pois consta de espírito e corpo. O diabo e os outros demônios foram por Deus criados bons, mas por livre iniciativa tornaram-se maus.  O homem pecou por sugestão do diabo. “(DS 800 [428]). 
 A existência dos Anjos foi reafirmada, no II Concílio de Lião, sob Gregório X, em 1274, nos seguintes termos: “Cremos em… um Deus Onipotente …, criador de todas as criaturas, de quem, em quem e por quem existem todas as coi­sas no céu e na terra, visíveis, corporais e espirituais” (D.S., 461).  
O Concílio de Florença, sob Eugênio IV (1441-2) pelo Decreto pro-lacobitis, e pelaBula Contate Domine, de 4 de janeiro de 1441 assim se expressou: “A sacrossanta Igreja romana crê firmemen­te, professa e prega que um só é o verdadeiro Deus…, que é o criador de todas as coisas visíveis e invisíveis, o qual quando quis, por sua vontade criou todas as criaturas, tanto espirituais como corporais” (D.S, 706). O Concílio de Trento (1545-1563) repetiu o ensinamento tradicional  definido no IV Concílio de Latrão. Lê-se no Catecismo Romano e na profissão de Fé expressa na Bula lniunctum nobis, do Papa Paulo IV de 13 de novembro de 1564:   “Deus criou também, do nada, a natureza espiritual einumeráveis Anjos para que o servissem e assistissem”. (1ª parte, Cap. 2, a.1 do Símbolo., n. 17). 
O Concílio Vaticano I (1869-1870) pelos decretos 3002 e 3025 da Constitutio de fide catholica -(DS, 1873) - e Dei Filius, ao condenar certos erros, afirma: “Este Deus único verdadeiro…, com um ato libérrimo no início dos tempos, fez do nada ambas as criaturas, a espiritual e a corporal, isto é, a angélica e o mundo; depois a criatura humana, como que participando de ambas, constituída de alma e de corpo”. O  mesmo Concilio condenou os que: “Afirmam que fora da matéria, nada mais existe” (Dec.  3022). “Afirmam que as criaturas materiais e espirituais não foram criadas do nada e livremente” (Dec. 3025 - “Contra o materialis­mo”, D.S., 1802). 
 “Se alguém disser que as coisas finitas, quer sejam corpóreas, quer espirituais são emanações da substância divina… seja anátema” ( Contra o Panteísmo,  Cânon 4). Na Encíclica Summi Pontificatus, de 20 de outubro de 1939, Pio XII lamenta que “alguns ainda perguntem se os Anjos são seres pessoais e se a matéria difere essencialmente do espírito” (D.S. 2318). 
O Concilio Vaticano II (1962-1965), na Constituição Dogmátca Lumen Gentium, fala claramente dos anjos: “Portanto, até que o Senhor venha com toda sua Majes­tade, e todos os Anjos com Ele (cf. Mt. 25, 31)”…(LG, 49). “A Igreja sempre acreditou estarem mais unidos conosco em Cristo, venerou-os juntamente com a Bem-aventurada Virgem Maria e os Santos Anjos com especial afeto…” (LG,50). No Cap.VIII sobre “A Bem-aventurada Virgem Maria no Misté­rio da Igreja”, lê-se: “Maria foi exaltada pela graça de Deus acima de todos os Anjos e todos os homens, logo abaixo de seu Filho, por ser a Mãe Santíssima de Deus” (LG, 66). “Todos os fiéis cristãos supliquem insistentemen­te à Mãe de Deus e Mãe dos homens, para que Ela, que com suas preces assistiu às primícias da Igreja, também agora exaltada no céu sobre todos os Anjos e bem aventurados…” (LG,69) 
No Credo do Povo de Deus, do Papa Paulo VI, de 30 de junho de 1968, o santo Padre afirma: “Cremos em um só Deus, Pai, Filho e Espirito Santo, Criador das coisas visíveis, como este mundo, onde se desenrola a nossa vida passageira; Criador dos seres invisíveis como os puros espí­ritos, que também são denominados Anjos, e Criador em cada ho­mem, da alma espiritual e imortal”. 
Diante de uma certa tendência de negar que os anjos são seres pessoais, mas apenas “instintos” ou “forças neutras”, como se fossem apenas  uma tendência para o bem ou para o mal, o Papa Pio XII na sua encíclica Humani Generis (1959), reafirmou que os anjos são “criaturas pessoais”, dotadas de inteligência sagaz e vontade livre (DS 3891 [2317]). 
São Gregório Magno dizia que cada página da Revelação escrita atesta a existência dos Anjos. A presença e a ação dos anjos bons e maus estão a tal ponto inseridas na história da salvação, na Sagrada Escritura e na Tradição da Igreja, que não podemos negar a sua existência e ação, sem destruir a Revelação de Deus. O fato de muitas vezes os anjos terem sido apresentados de maneira fantasiosa ou infantil, não nos autoriza a negar a sua existência. Por serem seres espirituais, os anjos bons e maus não podem ter a sua existência provada experimental e racionalmente; no entanto, a Revelação atesta a sua realidade. Eles são mencionados mais de 300 vezes na Bíblia. 
Prof. Felipe Aquino – www.cleofas.com.br
Do livro OS ANJOS – Ed. Cléofas.

Cristofobia no Ocidente

Arquivado em: Cristofobia — Prof. Felipe Aquino at 4:26 pm on segunda-feira, setembro 15, 2008

Aumentam as tentativas de eliminar os sinais públicos de fé; esta é uma das expressões da Cristofobia (aversão ao cristianismo) que se espalha pelo Ocidente, denuncia o Padre Pe. John Flynn, neste esclarecedor artigo que segue abaixo, publicado pela Zenit.org.
BIRMINGHAM, domingo, 7 de janeiro de 2007 (ZENIT.org).- É necessário que os fiéis sejam  alertados perante quem deseja reconstruir a sociedade de uma forma que excluiria o cristianismo. Esta foi a advertência contida na homilia do arcebispo britânico Vincent Nichols no dia 26 de novembro, festa de Cristo Rei.
O arcebispo de Birmingham, que celebrava missa na Catedral de
St. Chad’s, explicava que Cristo ensinou a importância de ser testemunhas da verdade. «Seu testemunho esclarece nossa tarefa como sociedade», afirmava o prelado. Construir tal sociedade, acrescentava, é «uma empresa moral sem ambigüidades».
Não obstante, continuava o arcebispo católico, muitos
desejam hoje construir uma sociedade que exclua a moral e
reduza todo juízo ao que é legal. «É processo da
democracia secular em nosso país neste momento, enquanto se pede que se atue sem interesses e de forma moralmente neutra,
está imerso de fato em uma reestruturação intensa e em
ocasiões agressivas de nosso marco moral», observava o Monsenhor Nichols.
Também se queixava de que o governo britânico esteja tentando
impor à Igreja «condições que contradizem nossos valores morais». Isso implica áreas como as escolas, as agências de adoção e
os programas sociais.
A homilia do arcebispo atraiu a atenção da imprensa britânica. Prossegue o duro debate sobre a formulação da legislação que estipularia como se penalizam as organizações cristãs
por não aceitar plenamente a homossexualidade.
Se as propostas do governo seguem adiante, a Igreja anglicana pode ver-se forçada a fechar seus clubes de jovens e suas organizações de caridade, advertia o bispo anglicano de Rochester, Michael Nazir-Ali. «Serão os pobres e os indigentes os perdedores», eram suas palavras citadas pelo Daily Mail em 29 de novembro. O prelado anglicano também expressou seu apoio ao declarado pelo arcebispo Nichols em sua recente homilia.
As cruzes excluídas  
A exclusão do cristianismo também foi destacada em uma controvérsia sobre a decisão da companhia aérea British Airways de pedir a uma de suas trabalhadoras que não leve uma cruz no pescoço. Pediu-se a uma funcionária do setor de check-in, Nadia Eweida, que ocultasse seu colar com uma cruz, informou em 14 de outubro a BBC.
Sua cruz infringia supostamente a proibição de símbolos religiosos
da British Airways. No entanto, tão logo se viu que a companhia aérea permitia usar os turbantes dos sijs e as vestes típicas dos muçulmanos.
O tema levantou debates durante algumas semanas, durante as quais Eweida foi obrigada a trabalhar com uma permissão. Em 20 de novembro British Airways lhe afirmou que havia tomado a decisão final de recusar seu apelo de levar a cruz, informou no mesmo dia a BBC.
A decisão atraiu duras críticas. O arcebispo anglicano de
York, John Sentamu, denunciou que era algo «sem sentido», informava em 21 de novembro no Daily Mail. «Usar uma cruz
não é somente o símbolo de nossas esperanças, mas também
a responsabilidade de atuar e viver como cristãos», indicou.
Em 20 de novembro o Daily Mail informava que 92 membros
do parlamento britânico assinaram uma moção condenando a decisão da companhia aérea. Os firmantes provêm de todos os principais partidos.
Dado que continuaram os protestos, a British Airways se retratou
e anunciou que permitiria a seus trabalhadores usar pequenas cruzes, informou em 25 de novembro o Times.
Cruzada nas universidades
O debate sobre o papel do cristianismo também surgiu nos campus. As organizações cristãs estão preparando ações legais contra as autoridades universitárias, informava em 18 de novembro o Times.
As associações de estudantes em quatro universidades têm proibido os grupos cristãos porque os acusa de excluir os não cristãos e promover o ódio aos homossexuais. A Universities and Colleges Christian Fellowship, uma organização que abriga 350 uniões estudantis na Grã-Bretanha com mais de 20.000 estudantes, afirmou que seus membros enfrentam uma luta «sem precedentes» em seus 83 anos de história, informou o periódico.
Alarmados pela ameaça aos cristãos nos campus, alguns líderes religiosos, incluindo oito bispos anglicanos e católicos, escreveram
uma carta ao Times, publicada em 24 de novembro.
Sustentavam que, ainda que os organismos universitários tenham a responsabilidade de assegurar que as sociedades reconhecidas oficialmente atuam de forma apropriada e leal, «isto não lhes dá, nem a ninguém, o direito a restringir ou mudar as crenças essenciais de ditas sociedades, ou impor como líderes pessoas que não compartilham suas crenças essenciais».
As universidades escocesas também estão apresentando problemas aos cristãos. AUniversidade de Edimburgo proibiu a União Cristã de ministrar um curso sobre abstinência no campus, informou o periódico Scotland on Sunday no dia 19 de novembro.
As autoridades universitárias sustentaram que os conteúdos do curso contrariam «as normas de igualdade e diversidade», depois de escutar histórias de pessoas que haviam sido «curadas» de sua homossexualidade. «A universidade está se fechando de forma eficaz à liberdade de expressão», protestava Laura Stirrat, vice-presidente da União Cristã da Universidade de Edimburgo.
Os colégios católicos da Escócia também têm recebido ataques, informava o periódico Scottish Herald em 27 de novembro. Peter Quigley, presidente do Instituto de Educação da Escócia, um sindicato de professores, afirmou que a lei que permite aos representantes da Igreja bloquear a contratação de professores segundo argumentos de crenças religiosas ou caráter discrimina os não católicos. O artigo observava que os comentários do líder do sindicato tiveram lugar somente uns meses depois de que um tribunal de trabalho ditasse que um ateu sofreu discriminação religiosa porque não se lhe permitiu que se apresentasse a um posto de promoção em um colégio católico em Glasgow. Como resultado David McNab recebeu 2.000 libras (3.900 dólares) como compensação.
Cristofóbicos
Em meio a estas múltiplas controvérsias, o cardeal Cormac Murphy-O’Connor publicou um artigo em 25 de novembro no Times, perguntando se a sociedade britânica está se voltando contra a religião.
O arcebispo de Westminster insistia na necessidade de «um diálogo e cooperação respeitosos» entre cristãos, membros de outras crenças, agnósticos e laicistas. «O multiculturalismo
grosseiro que não consegue apreciar a base de cultura da
fé», defendia, «nos conduz para longe da coesão social».
«Estou me cansando da piada de quem parece ver as comunidades
de fé, especialmente as cristãs, como intrusas e contrárias ao
bem comum», acrescentava o cardeal. «Os rotulava de cristofóbicos».
Estão-se gerando novas controvérsias. Em 26 de novembro, o periódico Telegraphde Londres informava que um magistrado cristão, Andrew McClintock, empreenderia ações legais contra o governo.  Sustenta que foi forçado a renunciar seu papel de proporcionar às crianças cuidados devido a sua convicção religiosa de que a homossexualidade é imoral. McClintock afirma que se viu obrigado a presidir casos que implicava pais homossexuais. Sustenta que isso constitui discriminação contra suas crenças. McClintock, de 62 anos, foi magistrado no South Yorkshire Benchdurante 18 anos e esteve em sua seção dedicada à família nos últimos 15 anos.
Sem lugar para o Menino Jesus  
A Grã-Bretanha, supostamente, não é o único país sacudido por debates sobre o cristianismo. Os funcionários da cidade de Chicago receberam duras críticas por sua decisão de proibir um video-clip do filme «Jesus – A História do Nascimento». As cenas seriam mostradas no Christkindlmarket, um festival de Natal que tem lugar naDaley Plaza, informava em 29 de novembro em Chicago Tribune. Jim Law, diretor executivo da cidade para
eventos especiais, afirmou que mostrar as cenas do filme seria
«insensível para muitas pessoas de crenças diferentes», que assistem ao festival. Os funcionários permitem, no entanto, que estejam na praça a meia lua islâmica e a menorah judia, junto à
apresentação de Natal, observava o Tribune. A Espanha também está afetada. Um colégio público de Zaragoza proibiu o tradicional festival de Natal, informava em 29 de novembro o periódico ABC.
As autoridades escolares tomaram a decisão devido à presença de
estudantes de outros credos e culturas. Os cristãos, como o
Menino Jesus, não são bem-vindos em muitos lugares.
Pe. John Flynn
Esta tal Liberdade sexual... Liberta do que?
Nossos adolescentes, muito mais que em qualquer época, estão pressionados a entrar na vida sexual mais cedo pelo grupo de iguais, pela escola “avançada”, por “adultos irresponsáveis”, pelas propagandas, etc.
Nessa perspectiva, o presente artigo é dedicado não somente aos adolescentes, mas aos pais, professores, catequistas, produtores de propagandas, enfim, a todos que, direta ou indiretamente, estarão influenciando na formação desta galera cheia de virtudes e de problemas.
O QUE É LIBERDADE SEXUAL?
Quem já não ouviu dos pais ou dos avós a frase: “Ah, no meu tempo não era assim. Naquele tempo a gente se dava as mãos só depois de muito tempo”. Mas a galera jovem não dá mais muita atenção e valor a essas exigências de outros tempos. A revolução sexual, dos últimos 30 anos é, para os mais conservadores, um desconforto sem medida.
Dificilmente chegam a entender e, muito menos, a aprovar a igualdade das mulheres no campo sexual, a homossexualidade que se tornou pública, inclusive com a possibilidade de se casarem, a nudez, a pornografia cinematográfica e tantas outras mudanças. Estas mudanças, no entanto, do ponto de vista da sociedade, seriam sinal de uma geração mais esclarecida, sem preconceitos e livre da “moral opressora”. Será verdade?
Para se entender bem o termo “Liberdade Sexual”, é necessário compreender a necessidade que as pessoas sentiram em soltar as rédeas da moral e da tradição, consideradas injustas e repressoras. A partir deste pensamento, o grande show de rock de 1969, o Woodstock, foi o marco inicial para se afirmar: “Queremos paz e amor”. Acreditavam, e a sociedade moderna quase que consagrou, que qualquer norma, regra ou comportamento que coíbe deve ser banido.
ESTAMOS MAIS MADUROS?
Com tantas mudanças que ocorreram no campo da sexualidade, é de se perguntar: Estamos mais maduros sexualmente? A resposta pode ser sim e não.
? Sim: pelo espaço que a mulher moderna conquistou, pela facilidade em que se tratam de assuntos ligados ao sexo, pelos estudos e compreensão dos desvios de comportamento sexual, etc.
? Não: porque crianças de 12 anos já estão iniciando sua vida sexual, relações que não passam de meras aventuras. A liberdade está passando à libertinagem.
Nossa sociedade parece um “adolescente” impulsionado pelas paixões que não respeita nem mais as próprias leis da natureza. O resultado está visível nos 12 milhões de casos de DST (Doença Sexualmente Transmissível) ao ano.
Outro dado não menos preocupante é a crescente incidência da AIDS na faixa etária de 13 a 19 anos do sexo feminino. Isso é devido também ao início precoce da atividade sexual com homens com maior experiência sexual e mais expostos aos riscos de contaminação por DST e pela AIDS.
APRENDENDO A FAZER SEXO NA ESCOLA
A mãe pergunta: “Oi filha, o que você aprendeu hoje na escola?” Responde a filha: “Aprendi a fazer sexo, mãe!”. Parece brincadeira, mas não é. Há um raciocínio hoje de que devemos falar a língua do adolescente e parece interessante desde que não se diga coisas que moralmente são erradas. Falar a língua do adolescente não significa aprovar tudo o que ele reivindica. A experiência neste caso conta, e muito.
É preciso alertar os adolescentes e jovens sobre os perigos de uma gravidez precoce, do contágio de doenças sexualmente transmissíveis, do perigo da AIDS, da frustração amorosa e suas conseqüências. É preciso ter claro que sexo não é somente uma questão de informação, mas muito mais de maturidade.
Muitas escolas já compreenderam esta realidade e apresentam uma “Educação Sexual” mais equilibrada, levando em conta a liberdade sexual, mas também a imaturidade em que se encontram estes nossos amigos em formação.
DIÁLOGO EM F FAMÍLIA
Numa época em que pais deixaram de ser apenas genitores, ainda encontramos filhos que são educados somente pelas mãos do Estado. A família, e não só os pais, devem ser os primeiros responsáveis pelo amadurecimento sexual de seus adolescentes. Sem forçar, o diálogo apresenta aquilo que é bom sem medo de ser retrógrado. Este é o melhor caminho.
Um exemplo: se estiverem assistindo a um programa de televisão e aparecer uma cena de sexo, coloquem para o adolescente o que a sua fé lhe propõe, em que vocês acreditam e dêem pistas de como ele pode encarar essa realidade diante dos amigos e da sociedade. Uma recente pesquisa revela que muitas mães e muitos pais ainda encontram dificuldade para falar sobre sexo com os filhos.
Os jovens e adolescentes também sentem-se constrangidos na hora da conversa. Há exceções: Há lugares como Rio de Janeiro e Porto Alegre que já avançaram muito. Lá, pais e professores conseguiram aproximar-se bastante dos jovens e adolescentes. Sabemos que você pode achar todo este papo chato e dizer que o assunto é muito mais simples do que parece. Mas sabe por que você pensa assim?
Não é porque você não é inteligente, muito pelo contrário, você é esperto até demais para sua idade. O problema é que você não está preparado para as responsabilidades de uma vida adulta: filhos, compromissos matrimoniais e situações de uma relação amorosa complicada. Nós, os adultos, que iniciamos todo este movimento de revolução sexual, começamos a notar, não muito tempo depois, as conseqüências disso tudo.
O sexo casual era legal na teoria, mas para a maioria de nós não parecia funcionar. Abortos de fundo de quintal, corações partidos, drogas para impedir a dor e um implacável sentimento de desilusão costumavam ser os terríveis resultados. Comida de lanchonete é rápida, está à mão e tem aparência melhor do que o sabor.
Da mesma maneira que uma comida de qualidade demanda tempo e cuidado, o amor de qualidade exige bom conhecimento de seu parceiro como pessoa. Pode parecer retrógrado, mas a mensagem cristã-católica, de propor o sexo somente após o casamento, é a opção mais responsável para uma adolescência e juventude saudável e madura. Pensem nisso!
Cultura consumista ameaça os jovens, adverte o Papa


Entre as sombras que “obscurecem o horizonte” dos jovens não há apenas dificuldades de ordem econômica, mas também a ameaça da “cultura consumista” que cria “falsos valores”, adverte Bento XVI.
O Papa se reuniu nesta tarde de domingo com um grupo de jovens na catedral de Sulmona, ao final de sua visita apostólica à cidade da região de Abruzos.
Em suas palavras, baseadas nas experiências relatadas pelos jovens presentes, o Pontífice constatou que “sombras obscurecem vosso horizonte: são problemas concretos, que tornam difícil olhar para o futuro com serenidade e otimismo”.
“Há falsos valores e modelos ilusórios (…), que prometem preencher a vida, quando na verdade a esvaziam”, prosseguiu.
Conforme explicou o Papa, “a cultura consumista atual” tende a “a esmagar o homem no presente, fazendo-o perder o senso do passado, da história; mas, ao fazer isso, priva-o também da capacidade de compreender a si próprio, de perceber os problemas, e de construir o amanhã”.
“Por isso, caros jovens, quero dizer-vos: o cristão é alguém que tem boa memória, que ama a história e procura conhecê-la”, disse o Papa.
Bento XVI esteve na cidade de Sulmona, nos Abruzos – região duramente atingida pelo terremoto de 6 de abril de 2009 – por ocasião do oitavo centenário do nascimento do Papa Celestino V (1209 – 1296).
Antes de retornar ao Vaticano, o Pontífice se recolheu em oração silenciosa diante das relíquias de seu antecessor, na cripta da catedral.

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