7 de jan. de 2011

Cristofobia no Ocidente

Arquivado em: Cristofobia — Prof. Felipe Aquino at 4:26 pm on segunda-feira, setembro 15, 2008

Aumentam as tentativas de eliminar os sinais públicos de fé; esta é uma das expressões da Cristofobia (aversão ao cristianismo) que se espalha pelo Ocidente, denuncia o Padre Pe. John Flynn, neste esclarecedor artigo que segue abaixo, publicado pela Zenit.org.
BIRMINGHAM, domingo, 7 de janeiro de 2007 (ZENIT.org).- É necessário que os fiéis sejam  alertados perante quem deseja reconstruir a sociedade de uma forma que excluiria o cristianismo. Esta foi a advertência contida na homilia do arcebispo britânico Vincent Nichols no dia 26 de novembro, festa de Cristo Rei.
O arcebispo de Birmingham, que celebrava missa na Catedral de
St. Chad’s, explicava que Cristo ensinou a importância de ser testemunhas da verdade. «Seu testemunho esclarece nossa tarefa como sociedade», afirmava o prelado. Construir tal sociedade, acrescentava, é «uma empresa moral sem ambigüidades».
Não obstante, continuava o arcebispo católico, muitos
desejam hoje construir uma sociedade que exclua a moral e
reduza todo juízo ao que é legal. «É processo da
democracia secular em nosso país neste momento, enquanto se pede que se atue sem interesses e de forma moralmente neutra,
está imerso de fato em uma reestruturação intensa e em
ocasiões agressivas de nosso marco moral», observava o Monsenhor Nichols.
Também se queixava de que o governo britânico esteja tentando
impor à Igreja «condições que contradizem nossos valores morais». Isso implica áreas como as escolas, as agências de adoção e
os programas sociais.
A homilia do arcebispo atraiu a atenção da imprensa britânica. Prossegue o duro debate sobre a formulação da legislação que estipularia como se penalizam as organizações cristãs
por não aceitar plenamente a homossexualidade.
Se as propostas do governo seguem adiante, a Igreja anglicana pode ver-se forçada a fechar seus clubes de jovens e suas organizações de caridade, advertia o bispo anglicano de Rochester, Michael Nazir-Ali. «Serão os pobres e os indigentes os perdedores», eram suas palavras citadas pelo Daily Mail em 29 de novembro. O prelado anglicano também expressou seu apoio ao declarado pelo arcebispo Nichols em sua recente homilia.
As cruzes excluídas  
A exclusão do cristianismo também foi destacada em uma controvérsia sobre a decisão da companhia aérea British Airways de pedir a uma de suas trabalhadoras que não leve uma cruz no pescoço. Pediu-se a uma funcionária do setor de check-in, Nadia Eweida, que ocultasse seu colar com uma cruz, informou em 14 de outubro a BBC.
Sua cruz infringia supostamente a proibição de símbolos religiosos
da British Airways. No entanto, tão logo se viu que a companhia aérea permitia usar os turbantes dos sijs e as vestes típicas dos muçulmanos.
O tema levantou debates durante algumas semanas, durante as quais Eweida foi obrigada a trabalhar com uma permissão. Em 20 de novembro British Airways lhe afirmou que havia tomado a decisão final de recusar seu apelo de levar a cruz, informou no mesmo dia a BBC.
A decisão atraiu duras críticas. O arcebispo anglicano de
York, John Sentamu, denunciou que era algo «sem sentido», informava em 21 de novembro no Daily Mail. «Usar uma cruz
não é somente o símbolo de nossas esperanças, mas também
a responsabilidade de atuar e viver como cristãos», indicou.
Em 20 de novembro o Daily Mail informava que 92 membros
do parlamento britânico assinaram uma moção condenando a decisão da companhia aérea. Os firmantes provêm de todos os principais partidos.
Dado que continuaram os protestos, a British Airways se retratou
e anunciou que permitiria a seus trabalhadores usar pequenas cruzes, informou em 25 de novembro o Times.
Cruzada nas universidades
O debate sobre o papel do cristianismo também surgiu nos campus. As organizações cristãs estão preparando ações legais contra as autoridades universitárias, informava em 18 de novembro o Times.
As associações de estudantes em quatro universidades têm proibido os grupos cristãos porque os acusa de excluir os não cristãos e promover o ódio aos homossexuais. A Universities and Colleges Christian Fellowship, uma organização que abriga 350 uniões estudantis na Grã-Bretanha com mais de 20.000 estudantes, afirmou que seus membros enfrentam uma luta «sem precedentes» em seus 83 anos de história, informou o periódico.
Alarmados pela ameaça aos cristãos nos campus, alguns líderes religiosos, incluindo oito bispos anglicanos e católicos, escreveram
uma carta ao Times, publicada em 24 de novembro.
Sustentavam que, ainda que os organismos universitários tenham a responsabilidade de assegurar que as sociedades reconhecidas oficialmente atuam de forma apropriada e leal, «isto não lhes dá, nem a ninguém, o direito a restringir ou mudar as crenças essenciais de ditas sociedades, ou impor como líderes pessoas que não compartilham suas crenças essenciais».
As universidades escocesas também estão apresentando problemas aos cristãos. AUniversidade de Edimburgo proibiu a União Cristã de ministrar um curso sobre abstinência no campus, informou o periódico Scotland on Sunday no dia 19 de novembro.
As autoridades universitárias sustentaram que os conteúdos do curso contrariam «as normas de igualdade e diversidade», depois de escutar histórias de pessoas que haviam sido «curadas» de sua homossexualidade. «A universidade está se fechando de forma eficaz à liberdade de expressão», protestava Laura Stirrat, vice-presidente da União Cristã da Universidade de Edimburgo.
Os colégios católicos da Escócia também têm recebido ataques, informava o periódico Scottish Herald em 27 de novembro. Peter Quigley, presidente do Instituto de Educação da Escócia, um sindicato de professores, afirmou que a lei que permite aos representantes da Igreja bloquear a contratação de professores segundo argumentos de crenças religiosas ou caráter discrimina os não católicos. O artigo observava que os comentários do líder do sindicato tiveram lugar somente uns meses depois de que um tribunal de trabalho ditasse que um ateu sofreu discriminação religiosa porque não se lhe permitiu que se apresentasse a um posto de promoção em um colégio católico em Glasgow. Como resultado David McNab recebeu 2.000 libras (3.900 dólares) como compensação.
Cristofóbicos
Em meio a estas múltiplas controvérsias, o cardeal Cormac Murphy-O’Connor publicou um artigo em 25 de novembro no Times, perguntando se a sociedade britânica está se voltando contra a religião.
O arcebispo de Westminster insistia na necessidade de «um diálogo e cooperação respeitosos» entre cristãos, membros de outras crenças, agnósticos e laicistas. «O multiculturalismo
grosseiro que não consegue apreciar a base de cultura da
fé», defendia, «nos conduz para longe da coesão social».
«Estou me cansando da piada de quem parece ver as comunidades
de fé, especialmente as cristãs, como intrusas e contrárias ao
bem comum», acrescentava o cardeal. «Os rotulava de cristofóbicos».
Estão-se gerando novas controvérsias. Em 26 de novembro, o periódico Telegraphde Londres informava que um magistrado cristão, Andrew McClintock, empreenderia ações legais contra o governo.  Sustenta que foi forçado a renunciar seu papel de proporcionar às crianças cuidados devido a sua convicção religiosa de que a homossexualidade é imoral. McClintock afirma que se viu obrigado a presidir casos que implicava pais homossexuais. Sustenta que isso constitui discriminação contra suas crenças. McClintock, de 62 anos, foi magistrado no South Yorkshire Benchdurante 18 anos e esteve em sua seção dedicada à família nos últimos 15 anos.
Sem lugar para o Menino Jesus  
A Grã-Bretanha, supostamente, não é o único país sacudido por debates sobre o cristianismo. Os funcionários da cidade de Chicago receberam duras críticas por sua decisão de proibir um video-clip do filme «Jesus – A História do Nascimento». As cenas seriam mostradas no Christkindlmarket, um festival de Natal que tem lugar naDaley Plaza, informava em 29 de novembro em Chicago Tribune. Jim Law, diretor executivo da cidade para
eventos especiais, afirmou que mostrar as cenas do filme seria
«insensível para muitas pessoas de crenças diferentes», que assistem ao festival. Os funcionários permitem, no entanto, que estejam na praça a meia lua islâmica e a menorah judia, junto à
apresentação de Natal, observava o Tribune. A Espanha também está afetada. Um colégio público de Zaragoza proibiu o tradicional festival de Natal, informava em 29 de novembro o periódico ABC.
As autoridades escolares tomaram a decisão devido à presença de
estudantes de outros credos e culturas. Os cristãos, como o
Menino Jesus, não são bem-vindos em muitos lugares.
Pe. John Flynn

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