13 de fev. de 2011

Papa não mudou nada da doutrina sobre preservativo



O Papa Bento XVI não alterou em nenhum ponto a doutrina referente ao uso do preservativo, exposta na Humanae vitae, nem o aceitou simplesmente como um "mal menor" que relativiza a condenação da prostituição.

Este é o esclarecimento feito pela Congregação para a Doutrina da Fé, em uma nota divulgada hoje, com o título Sobre a banalização da sexualidade. A propósito de algumas leituras de "Luz do mundo".

Nela, a Congregação se posiciona frente às "diversas interpretações não corretas, que geraram confusão sobre a posição da Igreja Católica quanto a algumas questões de moral sexual", a partir da publicação do livro-entrevista a Bento XVI.

O pensamento do Papa "foi instrumentalizado para fins e interesses alheios ao sentido das suas palavras, que aparece evidente se se lerem inteiramente os capítulos em que se alude à sexualidade humana".

Algumas interpretações, sublinha a nota, "apresentaram as palavras do Papa como afirmações em contraste com a tradição moral da Igreja - hipótese esta que alguns saudaram como uma viragem positiva, e outros receberam com preocupação".

"Na realidade, as palavras do Papa, que aludem de modo particular a um comportamento gravemente desordenado como é a prostituição, não constituem uma alteração da doutrina moral nem da práxis pastoral da Igreja", afirma a nota.

Moral conjugal

A Congregação sublinha que, em suas palavras sobre o preservativo, o Papa "não fala da moral conjugal, nem sequer da norma moral sobre a contracepção".

"Esta norma, tradicional na Igreja, foi retomada em termos bem precisos por Paulo VI no nº 14 da encíclica Humanae vitae", que exclui o uso do preservativo como meio anticoncepcional.

"A ideia de que se possa deduzir das palavras de Bento XVI que seja lícito, em alguns casos, recorrer ao uso do preservativo para evitar uma gravidez não desejada é totalmente arbitrária e não corresponde às suas palavras nem ao seu pensamento", acrescenta a nota.

Prostituição

Em suas declarações, o Papa "refere-se ao caso completamente diverso da prostituição, comportamento que a moral cristã desde sempre considerou gravemente imoral".

Em sua visão da prostituição, esclarece a nota, a postura da Igreja é de condenação: "A prostituição há de ser combatida, e os entes assistenciais da Igreja, da sociedade civil e do Estado devem trabalhar por libertar as pessoas envolvidas".

No entanto, no caso de pessoas infectadas com o vírus da AIDS e conscientes disso, "além do pecado grave contra o sexto mandamento, cometem um também contra o quinto, porque conscientemente põem em sério risco a vida de outra pessoa, com repercussões ainda na saúde pública".

A respeito disso, o Papa afirmou que "os preservativos não constituem ‘a solução autêntica e moral' do problema do HIV-AIDS e afirma também que ‘concentrar-se só no preservativo significa banalizar a sexualidade'".

"Além disso, é inegável que quem recorre ao preservativo para diminuir o risco na vida de outra pessoa pretende reduzir o mal inerente ao seu agir errado"; e; assim; o Papa disse que "o recurso ao preservativo, ‘com a intenção de diminuir o perigo de contágio, pode, entretanto, representar um primeiro passo na estrada que leva a uma sexualidade vivida diversamente, uma sexualidade mais humana'".

"Trata-se de uma observação totalmente compatível com a outra afirmação do Papa: ‘Este não é o modo verdadeiro e próprio de enfrentar o mal do HIV'", acrescenta a nota.

Mal menor?

Com relação a certas interpretações das palavras do Papa, apoiadas na teoria do chamado "mal menor", a Congregação esclarece que tal teoria "é susceptível de interpretações desorientadoras de matriz proporcionalista".

"Toda a ação que pelo seu objeto seja um mal, ainda que um mal menor, não pode ser licitamente querida. O Santo Padre não disse que a prostituição, valendo-se do preservativo, pode ser licitamente escolhida como mal menor", sublinha a nota.

"A Igreja ensina que a prostituição é imoral e deve ser combatida. Se alguém, apesar disso, pratica a prostituição, mas, porque se encontra também infectado pelo HIV, esforça-se por diminuir o perigo de contágio inclusive mediante o recurso ao preservativo, isto pode constituir um primeiro passo no respeito pela vida dos outros, embora a malícia da prostituição permaneça em toda a sua gravidade", acrescenta.

Em resumo, a nota afirma que "os membros e as instituições da Igreja Católica saibam que é preciso acompanhar as pessoas, curando os doentes e formando a todos para que possam viver a abstinência antes do matrimônio e a fidelidade dentro do pacto conjugal".

Da mesma forma, "é preciso também denunciar os comportamentos que banalizam a sexualidade, porque - como diz o Papa - são eles precisamente que representam a perigosa razão pela qual muitas pessoas deixaram de ver na sexualidade a expressão do seu amor".

Quatro novos diáconos são ordenados na Arquidiocese de Maceió


A Arquidiocese de Maceió acolhe quatro novos diáconos para o exercício do ministério temporariamente, até serem ordenados sacerdotes. A solenidade aconteceu em um celebração eucarística ocorrida segunda, 7, na Catedral Metropolitana, sob a presidência de Dom Antônio Muniz Fernandes, Arcebispo da referida Arquidiocese.
Os ordenados foram Charles da Silva, da paróquia de São Maximiliano Kolbe, no Benedito Bentes, Erivaldo Xavier, pertencente à paróquia de São Sebastião, no Tabuleiro do Pinto, José Alex, da Paróquia de N. Sra. das Brotas, em Atalaia (AL), e José Luciano Duarte, da Paróquia do Menino Jesus de Praga, situada no Jardim das Acácias.
Com início às 19h45, a procissão de entrada dirigiu-se ao presbitério com a presença de seminaristas, padres, diáconos e o presidente da celebração. A música ficou sob a responsabilidade do Coral N. Sra. do Livramento, que exerce suas atividades na Igreja N. Sra. do Livramento, localizada no centro da capital alagoana e o comentário da celebração sob a regência de Mons. Celso Alípio Mendes Silva, pároco da Catedral.

Em sua homilia, Dom Antônio relacionou a ordenação com o lema da Igreja de Maceió como missionário e samaritana. “Tudo o que escutamos na Liturgia já é suficientemente motivador para o sentido desta celebração e para o sentido da vida destes quatros irmãos da Igreja, e para mim são filhos desta Igreja a partir deste momento, pela filiação divina, pela inserção do clero daqui a pouco no presbitério. Esta é uma Igreja que tem procurado ser missionária e samaritana, e o que estamos vivendo neste momento diz respeito à Igreja Samaritana. A figura do diácono, a pessoa e o serviço do diácono, está intrinsecamente ligado ao ministério samaritano da Igreja. Alguém pode até ficar surpreso e dizer que o bispo se preocupa muito com isto, mas se não o bispo não se preocupar em qualquer Igreja de Jesus Cristo que lhe foi confiado pelo Santo Padre e pelo próprio Cristo, se o bispo não tiver a solicitude samaritana, aí não existe Igreja, não existe Diocese, não existe trabalho. Porque nós fomos todos constituídos por Deus para que fossemos missionários e samaritanos”, afirmou.

Seguida como de costume no rito de ordenações, os diáconos ao serem apresentados ao povo de Deus foram extremamente aclamados com palmas e fogos de artifício. O discurso final de agradecimento ficou por conta do Diácono José Luciano Duarte ao qual enfatizou o papel das famílias para o acompanhamento e formação dos futuros presbíteros, bem como acentuou o identidade do diácono chamado ao serviço, por isso estão motivados a servir à Igreja de Maceió como missionários e samaritanos. A solenidade foi encerrada por volta das 22h, sendo seguida de congratulações do povo aos recém ordenados.
Diáconos Permanentes
Em homenagem aos cinqüenta anos do Concílio Vaticano II, Dom Antônio Muniz Fernandes anunciou que irá ordenar diáconos permanentes para a Igreja de Maceió. Os mesmos são homens casados que estavam em preparação a partir de estudos na área da teologia e já exercem atividades nas paróquias e nas dioceses. Eles exercerão o ministério do diaconato de forma permanente e por isso não terão sua ordenação em vista do sacerdócio, como aconteceu com os quatros ordenados da noite.

“Serão por mim criteriosamente escolhidos, por desejo ordenar aqueles que estão envolvidos com o projeto da Igreja em ser missionária e samaritana. Por isso, devem ser diáconos com o pé no chão”, afirmou o arcebispo.

Ainda não foi divulgada a data da ordenação.

Arquidiocese realizará Seminário sobre a Campanha da Fraternidade 2011

A coordenação de pastoral Arquidiocese de Maceió promoverá no dia 12 de fevereiro um Seminário sobre a Campanha da Fraternidade 2011.
A Campanha da Fraternidade deste ano reflete o tema “Fraternidade e a Vida no planeta” e o lema “A criação geme em dores de parto”.
O Seminário será Assessorado pela Equipe de Campanhas da Arquidiocese.Deverão participar duas pessoas por paróquia, movimento,pastoral e vida religiosa
O Seminário será no Auditório do Sindicato dos Bancários – Centro/Maceió ( próximo ao Bompreço da Buarque de Macedo ) de 8 ás 12h.

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